domingo, 21 de agosto de 2011



Ela estava em seu quarto, tinha que arrumá-lo, mas ao invés de fazer isso acabou bagunçando-o ainda mais.
O que ela queria de verdade era sair, não aguentava mais ficar em casa, não aguentava mais seguir aquela rotina de escola-casa e casa-escola e de vez em quando viajar nos feriados, sendo que na maioria deles ficava em casa sem um punto na mão para poder sair.
Essa última semana para ela foi à gota d’água, estourou com todos e por causa de tudo.  Mesmo sabendo que em determinadas situações também estava errada, ela não quis dá o braço a torcer, preferiu abrir fogo em casa o que resultou em mais um final de semana sem dinheiro, sem saídas e o pior de tudo sem viagem (para aproveitar o final de semana). Sábado não fez absolutamente nada, escreveu na maioria do tempo (mas muitos desses escritos não se completaram ou não foram satisfatórios para ela, então foram para o lixo), ficou no computador, mas estava entediante então ela resolveu ir para a televisão. Assistiu novelas, alguns filmes e foi dormir.
No domingo o seu dia não foi muito diferente, escreveu, foi para o computador (onde não ficou muito tempo), foi tentar arrumar o seu quarto (o que não fez), voltou para o computador ficou por lá até a hora do jogo do seu time começar, quando este terminou voltou para o quarto que ainda estava de pernas para o ar, desejou ter uma varinha mágica ou uma fada madrinha para poder arrumar o quarto dela. Olhou em volta e foi tomar um banho para ver se depois conseguiria limpar. Após o banho dobrou algumas roupas, catou alguns papéis e jogou-os no lixo, mais depois disso voltou a escrever, só que já estava sem imaginação alguma. O que a fez parar para pensar que em pleno domingo, véspera de feriado ela estava em casa sem nada de interessante para fazer e o que é pior com um quarto (que para ela agora parecia enorme) que precisava ser limpo, não podia voltar para o computador porque se seus pais vissem o quarto, ela já poderia deixar de cogitar alguma saída. Quando finalmente terminou o seu quarto estava morrendo de cansaço, tomou uma ducha e foi dormir.
Na segunda-feira acordou disposta a sair, não interessava para onde nem como, muito menos com que dinheiro ou com quem. Na verdade queria sair sozinha, tomou o café da manhã pediu R$20,00 ao pai, tomou um banho, colocou a máquina e o bloco junto com a caneta, a carteira e uma canga na bolsa. Pegou a bolsa e saiu andando foi em direção à praia que não era tão longe da sua casa. Quando chegou à praia, tirou a blusa e ficou de biquíni e short, guardou a sandália na bolsa e caminhou sem rumo pela praia. Depois de um pouco mais de duas horas de caminhada (de passos curtos e vagarosos) ela resolveu parar, comprou duas garrafas de água e uma de 2 litros de refrigerante. Pegou a canga, abriu e colocou-a na areia, sentou e ficou admirando o mar, depois pegou sua câmera e registrou o que via. Cansada de fotografar a paisagem, resolveu escrever e empolgada com tudo que havia visto e escutado na caminhada e no período em que estava sentada ali, perdeu a noção do tempo e quando se deu conta o sol já estava se pondo. Levantou, recolheu suas coisas e caminhou em direção ao chuveiro que tinha em uma barraca, lavou os pés e calçou a sandália e foi para casa. Assim que chegou tomou um banho, comeu e foi para o computador onde digitou seus textos, transferiu suas fotos e navegou pela internet. Foi dormi quase três horas depois. Enquanto aos textos?
Esses continuam apenas salvos em uma pasta no seu computador, o mesmo destino teve a maioria das fotos tiradas.

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